Entrevista com Diana Virginia Ramírez, estudante venezuelana bolsista pela FUNIBER

Entrevista com Diana Virginia Ramírez, estudante venezuelana bolsista pela FUNIBER

A aluna Diana Ramírez, bolsista pela FUNIBER, cursou o Mestrado em Coaching Pessoal e Liderança Organizacional, titulado pela Universidad Europea del Atlántico (UNEATLANTICO).

O que motivou sua decisão de estudar nesse programa foi a necessidade de adquirir ferramentas para ajudar seus alunos a superar as barreiras que os impedem de aprender um segundo idioma.

Diana Ramírez, que trabalha como auxiliar de professor em um instituto no Colorado (Estados Unidos), avalia positivamente o papel do corpo docente durante seu estudo e agradece seu acompanhamento “nesta maravilhosa trajetória do coaching”. Os maiores desafios foram em relação à metodologia do ensino a distância: “às vezes senti a necessidade de conhecer e conversar pessoalmente com o professor da disciplina ou com meus colegas de mestrado”.

A seguir, está a entrevista completa.

 

O que fez você decidir fazer o Mestrado em Coaching Pessoal e Liderança Organizacional?

Minha intenção original era adquirir as ferramentas necessárias para ajudar meus alunos de segundo idioma a superar as crenças limitantes (barreiras) que os impedem de se comunicar efetivamente no novo idioma. Por exemplo, há adultos que consideram que não podem aprender outro idioma devido à idade. Essa é uma crença limitante. Está cientificamente comprovado que um adulto consegue aprender uma segunda ou terceira língua. Existem crenças limitantes que dificultam o processo de aprendizagem de outro idioma, assim como outras que os impedem de dar o primeiro passo para iniciar o processo de aprendizagem.

 

Quais disciplinas, conteúdos e/ou atividades você destacaria no programa de Mestrado em Coaching Pessoal e Liderança Organizacional, patrocinado pela FUNIBER?

Na verdade, gostei muito de todas as disciplinas, mas acho que destacaria as disciplinas que me permitiram analisar e entender os pontos fortes e os princípios do coaching aplicados ao processo de ensino-aprendizagem. Com isso, quero destacar as disciplinas que me permitiram entender o coaching como uma ferramenta para centrar o aluno em seu papel de aprendiz “ativo” e entregar a ele sua responsabilidade de aprender. O processo de aprendizagem é pessoal e, como “professores-coaches”, é fundamental ativar um relacionamento no qual o aluno se encarrega de seu próprio processo de aprendizagem. Entre as disciplinas, as que eu destacaria são: Origens e fundamentos teóricos do Coaching; Competências do Coach; Coaching e programação neurolinguística; Ferramentas para o Coach, Mindfulness e Coaching; Liderança Organizacional e Coaching, Coaching in Action: processo de coaching supervisionado.

 

Como você avalia a interação e o acompanhamento oferecidos pelos professores do Mestrado?

Eu valorizo muito cada um dos comentários e cada uma das interações oferecidas pelos professores do curso. Só posso agradecer a todos por me acompanharem nesta maravilhosa trajetória do coaching. Graças à interação e acompanhamento de meus professores, confirmei que cada processo de coaching é único, e únicas são as dificuldades que surgem. Não existe uma fórmula ou receita que funcione para todas as pessoas, e apenas o desenvolvimento da confiança, por meio da prática e desenvolvimento profissional constante, oferecerá uma janela para o sucesso dos próximos processos nos quais estarei envolvida.

 

Como foi a experiência de estudar a distância? Quais são as vantagens e desvantagens desse sistema?

No começo, foi um pouco frustrante e desafiador. Essa foi a minha primeira experiência com um programa de ensino 100% a distância. Às vezes, sentia a necessidade de conhecer e falar pessoalmente com o professor da disciplina ou falar pessoalmente com os colegas de classe.

As vantagens são muitas. Como estudante, você pode avançar no ritmo que deseja. Está em nossas mãos o modo como vamos gerenciar nosso tempo de estudo e realizar as atividades. Podemos trabalhar a qualquer hora do dia na tranquilidade e conforto de nossos lares. Não precisamos gastar tempo nos preparando para sair ou para ir até uma instituição educacional. Essas, entre outras, seriam as principais vantagens.

Entre as desvantagens, eu diria que são os tempos de espera quando se faz uma pergunta ou se deseja algum tipo de feedback dos professores. É diferente ter uma conversa cara a cara com um professor, em que a discussão ocorre em tempo real. Neste tipo de experiências de ensino à distância, é importante ter paciência.

 

O que você acha que é mais importante considerar para se desenvolver como um bom Coach?

Em primeiro lugar, considero que é muito importante o autoconhecimento e manter um processo constante de crescimento pessoal. É importante estar ciente de nossas próprias crenças, personalidade, estilo de vida, objetivos e experiências pessoais.  Isso nos permitirá estabelecer limites com nossos “coachees” e ser capaz de entender o que nos pertence como pessoas e o que pertence à outra pessoa que estamos acompanhando no processo de crescimento pessoal e/ou profissional. Da mesma forma, é importante conhecer cada uma das competências que devemos desenvolver como coach e mantê-las em mente em todas e cada uma das sessões de coaching. Cada competência tem um objetivo específico e todas são importantes para alcançar o objetivo do “coachee“, mesmo que algumas delas sejam mais utilizadas do que outras durante o desenvolvimento do processo.

É importante lembrar que pesquisas científicas mostraram que o cérebro não é estático. O cérebro pode criar novas redes e caminhos neurais o tempo todo, fortalecendo aqueles que são frequentemente usados. Ao mudar a maneira como vemos cada situação, podemos mudar os caminhos neurais no cérebro, criando novas maneiras de ver e interagir com o mundo, gerando uma mudança de visão para alcançar nossos objetivos, ou o que chamamos de sucesso, e alcançar crescimento pessoal, experimentando um bem-estar único que nós mesmos podemos criar quando desejamos.

Como Coach, podemos usar todas as ferramentas e técnicas que promovem a neuroplasticidade. Por meio de processos de metacognição ou, em outras palavras, os processos de pensar sobre o nosso pensamento, podemos criar novos ciclos de retroalimentação para trabalhar em crenças profundamente enraizadas que desencadeiam respostas que às vezes são desejadas e às vezes são indesejadas. Essas respostas, por sua vez, desencadeiam sentimentos/emoções que levam à ação ou paralisação de nosso ser. Por meio do coaching, podemos gerar novas visões apreciativas com crenças que capacitam nosso ser para a consecução de nossos objetivos e nos tornam mais autoconscientes.

 

Você conseguiu aplicar os conhecimentos adquiridos com a formação patrocinada pela FUNIBER? Em que área você conseguiu ou poderá aplicá-los?

Absolutamente. Apliquei com sucesso o conhecimento adquirido com a formação, tanto na minha vida pessoal como na profissional. Na área da educação, em que trabalho como profissional, consegui convencer alguns de meus alunos a romper as barreiras do perfeccionismo ou a vergonha de falar um novo idioma e, assim, começar a desfrutar do objetivo de se expressar em um segundo idioma.

Um deles, por exemplo, estava preso à crença limitante de ter que compreender e manejar os aspectos gramaticais da linguagem para poder expressar e ser entendido em sua segunda língua. Outro aluno tinha a necessidade de criar a frase perfeita em sua mente antes de expressá-la oralmente. Com a prática do conhecimento adquirido durante o mestrado, pude acompanhá-los até o sucesso e alcance de seus objetivos de comunicação, ativando novas perspectivas em seu próprio processo de aprendizagem de idiomas.

 

Qual é sua opinião sobre a disciplina prática Coaching in Action: processo de Coaching supervisionado? 

Considero que essa disciplina é crítica e fundamental para assimilar e colocar em prática o que foi aprendido durante a formação. Esse disciplina me permitiu entender a essência de uma sessão de coaching na prática. Ler e analisar o que foi lido em um livro ou no material oferecido pelo programa é muito diferente de sentar na frente de um “coachee” e colocar em prática o que foi aprendido. Às vezes, a situação é apresentada de maneira muito diferente do que foi estudado e, nesse momento, a flexibilidade, a escuta ativa e a presença nos permitem entender que podemos responder adequadamente. Sem essa disciplina, a formação oferecida não seria completa.

 

Pra você, em que o Mestrado em Coaching Pessoal e Liderança Organizacional contribuiu? 

Há dois pontos que foram fundamentais na minha aprendizagem: o primeiro é o quão crítico e importante é aderir às normas éticas da prática identificadas pela International Coaching Federation. Essas normas éticas referem-se à manutenção adequada dos limites, confidencialidade, gestão das relações com os “coachees”, alinhamento das habilidades e conhecimentos de coaching com os requisitos do compromisso da prática, bem como à manutenção de uma apresentação profissional de si e da área de trabalho.

A segunda aprendizagem principal é compreender a importância de participar do desenvolvimento pessoal e profissional contínuo. Isso inclui manter o conhecimento atualizado na área de coaching, desenvolver novas habilidades e realizar atividades destinadas a melhorar as práticas atuais e o desenvolvimento contínuo da consciência e autogestão.

Esse mestrado representou uma experiência de crescimento e autodescoberta, em que foram combinados o conhecimento adquirido no programa, minhas experiências pessoais e a aprendizagem prática durante o processo de Coaching in Action. O curso oferece uma janela experimental para um estilo de vida a partir da conscientização e integração do ser como um indivíduo responsável por sua própria felicidade e satisfação, um indivíduo que participa ativamente de vários sistemas familiares, profissionais e sociais.

O mestrado melhorou meu ser e fortaleceu minhas habilidades de comunicação, observação, escuta ativa e empatia, tanto na minha vida pessoal, familiar e social como no meu papel de coach. Eu desafio cada um dos leitores a ativar seus recursos pessoais, emocionais e físicos para alcançar seus objetivos de felicidade. Todos temos esses recursos, independentemente de status social, identidade, gênero, personalidade e idade, assim como os exemplos que citei de meus alunos. Por exemplo, se você quiser aprender um segundo idioma, garanto que é possível.

Se você deseja ampliar seus estudos como Diana Virginia Ramírez e optar por uma bolsa de estudos na obtenção de uma graduação, mestrado ou especialização, informe-se em: