Construindo lares, desde o coração

Construindo lares, desde o coração

Conversamos com Randoll Taveras, segundo classificado no FUNICONCURSO “Publicação Solidária”.

Os dias podem ser terríveis, hostis, caóticos, cansativos, mas sabemos que ao final do dia poderemos nos refugiar em nossas casas e descansar, cercados pelo calor de nossa família. No entanto, muitas pessoas no mundo não têm a possibilidade de refúgio em um lar, não têm um teto, não têm nada. O frio dói nos ossos e famílias inteiras tremem nas ruas esperando por um milagre, por um momento de pausa que lhes alivie o sofrimento, a cena é triste, mas se repete em muitos lugares ao redor do mundo, diante do olhar indiferente de milhares de pessoas. A ONG TECHO trabalha em países da América Latina para oferecer um lar, uma centelha de calor, para pessoas que perderam quase tudo.

Randoll Taveras, estudante do Mestrado em Medicina Biológico Naturista com Especialização em Acupuntura da FUNIBER, decidiu participar do FUNICONCURSO “Publicação Solidária”, uma competição virtual em que os ganhadores teriam a oportunidade de ajudar a ONG de sua escolha. Depois de superar uma série de provas, com sua história “O que nos falta no natal?”, Taveras alcançou o segundo lugar, e com isso a possibilidade de doar 500 euros à ONG escolhida: TECHO, da República Dominicana.

Taveras conta que participar do FUNICONCURSO foi uma experiência muito emocionante. Desde o início da competição se entusiasmou em participar com sua história para “fazer notar que muitas organizações trabalham com um bom propósito em meu país”. Seu relato contém uma profunda reflexão sobre a carência e a solidariedade, sobre voltar o olhar para o outro e entender sua dor, sobre a comodidade e como ficamos cegos diante da dor alheia para conservar nossa zona de segurança.

Trabalhando em comunidade para ganhar

A tarefa de angariar votos não foi fácil. Randoll relata que houve algumas dificuldades com os votos realizados via telefones celulares, mas a ajuda de muitos voluntários que se esforçaram muito para multiplicar os votos no Facebook foi decisiva. O ganhador do segundo lugar indica que muitos voluntários lhe ajudaram a conseguir votos para sua publicação através do Facebook. Outro grupo de voluntários lhe ajudou a difundir sua publicação em parques e ambientes públicos, convidando as pessoas a “curtir” através do Facebook.

Todos podem realizar um ato solidário. Taveras cita Madre Teresa de Calcutá: “Ninguém é tão pobre que não tenha nada para doar”, e o concorrente, ganhador do segundo lugar, indica que todos podemos contribuir com um grãozinho de areia para que a sociedade seja melhor.

Randoll explica que a TECHO empodera jovens universitários para que sejam capazes de construir casas para seus compatriotas na República Dominicana, e já conseguiram construir mais de 500 moradias. No processo, os jovens se sensibilizam e reconhecem as injustiças sociais que existem, envolvendo-se com as famílias e levando consigo memórias que lhes tornarão mais sensíveis aos problemas sociais quando atuarem como profissionais em seus trabalhos, reconhecendo que eles podem fazer a diferença.

Taveras decidiu apoiar a TECHO por seu impacto positivo na sociedade, porque esta organização empodera jovens e os organiza, acompanhando os trabalhos realizados nas comunidades, desenvolvendo oficinas, capacitações e projetos comunitários para fazer com que as comunidades intervindas sejam autossustentáveis.

Agora, graças ao prêmio promovido pela FUNIBER, Randoll terá a oportunidade de apoiar sua ONG favorita. Um gesto que foi reconhecido e agradecido pelos executivos da TECHO.

Obrigado, do coração da TECHO

Eugenio Mayorga, Gerente Geral da TECHO, informou que o dinheiro doado pelo ganhador do segundo lugar do FUNICONCURSO será utilizado para o trabalho com as comunidades, destinando uma parte às construções de moradias e outra parte para dar continuidade às obras que a ONG realiza na comunidade El Progreso, localizada em Alcarrizos, na República Dominicana.

Mayorga indica que a TECHO não possui uma renda fixa e precisam receber doações. O executivo indica que a renda obtida pela TECHO não é suficiente para sustentar as operações da organização e, portanto, a doação feita pela FUNIBER permitirá que esta ONG continue trabalhando para conscientizar e sensibilizar todos os agentes com os quais mantém relação.