Fuleco, o mascote da Copa do Mundo de Futebol, está em extinção

Fuleco, o mascote da Copa do Mundo de Futebol, está em extinção

Fuleco é o mascote da Copa do Mundo de Futebol do Brasil 2014. Seus criadores inspiraram-se no tatu-bola-da-caatinga para criar o personagem e seu nome foi formado a partir da combinação das palavras “futebol” e “ecologia”. Agora sabemos que por trás do mascote repousa uma triste realidade: os promotores da Copa  estão felizes com a aceitação do mascote entre a população brasileira, mas os animais que inspiraram a sua criação podem ser extintos em breve se não forem tomadas medidas adequadas.

Na última avaliação das espécies em perigo de extinção no Brasil, o tatu-bola-da-caatinga (Tolypeutes tricinctus) trocou seu estado de “vulnerável” para “em perigo”, porque, nos últimos 15 anos, 50% de seu habitat foi devastado. Esta espécie de tatu pode enrolar-se formando uma bola, uma estratégia de defesa que lhe foi útil por milhares de anos, mas que hoje o coloca em risco, porque o fato de ele permanecer imóvel torna fácil a sua captura pelos seres humanos.

O desmatamento e a caça colocam estes animais em risco que, ademais, são considerados uma iguaria pela população local. Liana Sena, coordenadora da Associação Caatinga afirmou que estão sendo feitos esforços para retirar o tatu-bola-da-caatinga da lista de espécies em perigo de extinção nos próximos 10 anos, mas se não for possível garantir as condições mínimas para salvar esta espécie, estima-se que os tatus possam desaparecer em 50 anos.

Enrico Bernard, zoólogo da Universidade Federal de Pernambuco disse à BBC World “Se não fizermos nada, este animal fantástico poderá desaparecer”.

Sena indica que agora o tatu conseguiu captar a atenção do público, mas é necessário trabalhar para conscientizar a população sobre o risco que corre este animal e realizar atividades para a sua recuperação. A especialista afirmou que é necessário calcular a população da espécie e atualizar o mapa de distribuição. Em seguida, é preciso criar unidades de conservação ambiental para o tatu, além de educar a população das escolas da região.

Algumas empresas começam a olhar de perto a situação do tatu. Como exemplo, o fabricante de pneus Continental doou quase 44 mil dólares à Associação Caatinga, encarregada de conservar o habitat deste animal.

Fonte:

http://www.bbc.co.uk/mundo/noticias/2014/06/140530_mundial_brasil2014_mascota_am.shtml

http://www.noticiascaracol.com/mundo/articulo-323968-fuleco-se-convierte-icono-para-salvar-al-armadillo-de-tres-bandas

Foto CC: 

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