Entrevista com Esteban Toro, fotógrafo de documentário de viagem

Entrevista com Esteban Toro, fotógrafo de documentário de viagem

Esteban Toro é fotógrafo de documentário de viagem; ele viajou por mais de trinta países, com o objetivo de experimentar o mundo e capturá-lo por meio de sua câmera.

Atualmente, ele é embaixador da Sony, professor de fotografia e dirige várias expedições fotográficas, além de realizar workshops e conferências.

Seu trabalho foi publicado em várias revistas impressas e digitais em todo o mundo, bem como em exposições coletivas e individuais, tornando-se uma referência importante na fotografia colombiana.

Esteban é um membro do Júri de Honra do concurso PHotoFUNIBER, e nesta entrevista ele explica sua experiência e motivações como fotógrafo.

  • Como você começou e por que trabalhar com fotografia?

Na fotografia, comecei a trabalhar há uma década. Tudo começou como uma paixão que se tornou mais intensa em mim quando descobri as possibilidades que abriam minha câmera: conhecer pessoas e lugares. Simultaneamente, uma série de viagens começou a acontecer e me obrigou a levar a câmera comigo sempre.

Meus primeiros trabalhos, no entanto, não têm nada a ver com o que faço agora. Naquela época, tirei fotos dos meus colegas de escola, que queriam ter belas imagens para eles. Foi uma boa renda que me permitiu economizar dinheiro para viajar para destinos que eu queria conhecer.

  • Conte-nos sobre algum trabalho recente que você fez: como tem sido, houve problemas com o equipamento, alguma dificuldade em fotografar e quais foram as soluções?

Há menos de uma semana eu estive cobrindo o Holi Festival na Índia. Este é um evento muito complicado para fotografar. Você tem que estar fisicamente e emocionalmente preparado para isso. Durante essa celebração, os índios jogam poeira colorida, água, rasgam suas roupas, dançam, cantam e se amontoam. É uma festa de cor que eu cobri por dois anos consecutivos.

No entanto, nesta segunda ocasião eu estava com o meu cinegrafista, que foi fortemente atacado no meio das celebrações, o que foi uma situação difícil.

Naquele momento entendi a dificuldade do meu trabalho e as situações que eu poderia enfrentar fazendo isso. No entanto, se não é da sua própria experiência, como você poderia transmitir essas histórias?

  • Além do prêmio em dinheiro e da bolsa de estudos, quais são as vantagens para os fotógrafos quando participam de concursos fotográficos, como o PHotoFUNIBER?

A visibilidade. Não há melhor recompensa do que poder compartilhar o trabalho em plataformas que permitem a exibição de vários projetos fotográficos. Além disso, é um ponto de referência para entender o que está sendo feito na fotografia mundial.

  • Por que você acha que o treinamento em fotografia é importante?

A educação é a coisa mais importante. Somente por meio disso, junto com uma prática disciplinada, é possível treinar os olhos para ter uma visão mais sensível da imagem. O técnico é resolvido com os anos, mas para entender o que vai e o que não vai dentro da tela de uma imagem, é o que só a formação permite alcançar.