Entrevista com Verónica Sanchis, promotora de fotografia na América Latina

Entrevista com Verónica Sanchis, promotora de fotografia na América Latina

Verónica Sanchis Bencomo é uma fotógrafa, produtora e curadora venezuelana, atualmente sediada em Hong Kong.

Veronica é formada em Fotojornalismo pela Swansea Universidade Metropolitana, no País de Gales. Nos seus primeiros dias, Verónica colaborou com a revista cultural Ventana Latina, na qual criou a seção mensal Fotografia Latina, com entrevistas com profissionais de fotografia de língua espanhola.

Em 2014, ele fundou a Foto Féminas, uma plataforma que promove o trabalho de fotógrafos na América Latina e no Caribe.

Verónica é membro do Júri de Honra do concurso PHotoFUNIBER e, nesta entrevista, explica sua experiência e motivações como fotógrafa.

Como você começou e por que trabalhar com fotografia?

Comecei meus estudos de fotografia em 2005, em Brighton, Inglaterra. Aqui, eu fiz um programa de dois anos, onde realizei projetos diferentes e tive a oportunidade de experimentar filmes, câmara escura, estúdio e digitalização. Eu tive essa ótima liberdade de poder experimentar com diferentes mídias.

A fotografia sempre chamou minha atenção. Em casa, eu sempre organizava fotos de família e gostava de criar/organizar álbuns de fotos de família e infância. Eu acho que fui apaixonado pela foto como narrativa. Também na adolescência, sempre comprei revistas da National Geographic, isso me inspirou muita curiosidade.

Hoje trabalho em fotografia, realizando principalmente comissões de retrato, história interior e cultural. Adoro o que faço porque sempre aprendo algo novo, a fotografia é uma ferramenta para abrir muitas portas e que outras pessoas também podem aprender.

  • Por que você acha importante a formação em fotografia?

Eu acho que é essencial ter uma formação fotográfica porque isso permite que você entenda primeiro de onde vêm as regras e os estilos fotográficos. Uma vez que se cria uma base de entendimento, a voz artística começa a emergir e se desenvolver. Eu acho que é importante experimentar e ter experiência com filme, isso nos dá outra relação com a fotografia.

  • No seu trabalho com “Foto Féminas”, o objetivo é promover o trabalho de fotógrafos na América Latina e no Caribe. Quais são as dificuldades que você encontra?

Ao iniciar o Foto Féminas, foi mais difícil obter conteúdo, no entanto, isso mudou com as redes sociais, mas também porque recebo muitas propostas, além de sugestões. Hoje, a Foto Féminas abriga mais de 60 obras, e temos uma pequena comunidade que atrai diferentes estilos e vozes de nossa região.

A missão é continuar promovendo fotógrafos da plataforma e dos programas que organizamos, como; exposições, palestras, exibições, etc. Mencionar outro desafio é conseguir fundos para a exibição de exposições, não é algo que fazemos o tempo todo, mas se estou interessado em fazê-lo bem quando você tem espaço.

 

  • Como júri, quais critérios são levados em consideração para escolher uma fotografia como vencedora?

Uma foto que é criativa e que sua mensagem visual pode transcender para diferentes públicos. Eu também gostaria de ver projetos de longo prazo em que se vê que o tempo é investido na história.